"Prefiro viver no pecado do que mentir na oração" - What?!

Mais de uma vez me deparei com a frase abaixo na timeline do facebook e fiquei intrigada.

       Ela passa a ideia de que viver no pecado é mais aceitável do que mentir na oração. Desde então, venho me perguntado o que Deus pensaria em relação a isso e, para compreender, nada mais eficaz do que recorrer à Palavra dEle.

    A primeira passagem que me veio à mente foi a parábola do publicano e do fariseu, encontrada em Lucas 18: 10–14. Ela conta a história de um publicano e um fariseu que subiram ao templo para orar. Enquanto o fariseu, em pé, orava a Deus em voz alta se gabando e agradecendo por não ser desonesto, e por não ser como o publicano que orava ao seu lado, chegando até a “lembrar a Deus” de que ele era dizimista e de que jejuava frequentemente. O publicano não ousava erguer a cabeça diante de Deus, só batia no peito e pedia misericórdia a Deus, reconhecendo que era pecador.

      Dá pra identificar bem quem seria quem nessa parábola: o fariseu é o que “mente na oração”, e o publicano, o que “vive em pecado”. Bom, Jesus terminou a parábola anunciando que foi o publicano quem saiu justificado do templo e não o fariseu; logo, a frase mencionada no início do texto está correta, certo?

Muito errado. Jesus condenou veementemente os hipócritas, como era o caso do fariseu, e deixou bem claro que esse tipo de pessoa não tem parte no reino dos céus, mas isso não é pior (nem melhor) do que “viver em pecado”. O publicano não foi justificado pelo fato de o fariseu ser “pior” do que ele, mas sim por confessar seus pecados demonstrando que tinha consciência deles e que também se arrependia, implorando pela misericórdia de Deus.

É maravilhoso saber que você não deseja mentir na oração e continue assim! Mas não “prefira” viver em pecado, tanto a mentira quanto a hipocrisia nos mantém muito distantes de Deus.

Prefira seguir a orientação deixada por Salomão em Provérbios 28:13 “Quem esconde os seus pecados não prospera, mas quem os confessa e os abandona encontra misericórdia” (NVI). A chave não é apenas reconhecer o pecado, mas também estar disposto a confessar e a abandoná-lo, dessa forma, alcançamos a misericórdia de Deus.

Jenifer